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Mostrando postagens de março, 2018

Cinco curiosidades sobre videiras, uvas e vinhos

  Quando comecei a escrever esse texto, tinha a intenção de falar sobre dez curiosidades do mundo dos vinhos mas, pra variar, me entusiasmei com o tema e acabei escrevendo bem mais do que o planejado. Portanto, para não ficar uma publicação enorme e acabar desencorajando a leitura, dividi o texto em dois e, na próxima semana, falarei de outras cinco curiosidades.   1- A origem do vinho   Para a maioria dos pesquisadores, o vinho surgiu na região do Cáucaso, a cerca de 8000 anos atrás. Existem indícios de plantações de vinhas nesta região datadas entre 8000 a.C. e 5000 a.C. Mas a origem precisa é impossível pois o vinho surgiu antes da escrita.   Os primeiros registros através de pinturas foram feitos pelos egípcios a 4000 anos. Neles estão documentadas as celebrações e as etapas do processo de vinificação. Em 1922, quando foi encontrada a tumba de Tutankamon, foram encontradas 26 ânforas com indicação de safra, vinhedo e nome do enólogo, mostrando que, naquela época, os egípcio

Cabernet Sauvignon: A rainha das uvas tintas.

  Na publicação anterior, falei sobre a Chardonnay, considerada a rainha das uvas brancas. Nada mais justo que falar hoje sobre a rainha das tintas. Mas antes de começar a falar da Cabernet Sauvignon, vamos entender melhor o que são os taninos. Quem nunca comeu uma banana ou um caqui não totalmente maduros e teve aquela sensação de secura na boca ou como se tivesse uma cola entre os lábios e a gengiva? Pois essa adstringência está presente, em menor ou maior grau, nos vinhos tintos. E os responsáveis por essa sensação são os taninos presentes na casca das uvas. Essas substâncias químicas são compostos fenólicos importantes na estrutura do vinho, contribuindo para a sua estrutura e o seu potencial de envelhecimento. Quando as uvas não amadurecem totalmente, os taninos podem ser amargos e ásperos, tornando os vinhos duros. Mas, quando estão completamente amadurecidas, o nível de amargor e adstringência diminui, eles se tornam macios, com textura aveludada, contribuindo com o peso e o vol

Chardonnay: Uma uva, vários estilos.

  Se a Cabernet Sauvignon é considerada a rainha das uvas tintas, a Chardonnay ostenta o mesmo título sobre as brancas. Originária da região da Borgonha, na França, é uma uva de fácil adaptação em diferentes tipos de clima e solo, desenvolvendo características diversas, de acordo com o terroir local. Em regiões de clima frio, ela produzirá vinho mais austeros, com acidez elevada e sabores cítricos e de maçã verde. Nos climas moderados, os sabores frutados tendem para melão e pêssego, acompanhados de uma média acidez. Nas regiões de clima quente, os vinhos terão predominância de aromas e sabores de frutas tropicais como abacaxi, banana e manga, normalmente serão mais encorpados e com maior teor alcoólico. Nessas regiões, a Chardonnay perde acidez muito rapidamente durante a etapa final de amadurecimento, sendo de extrema importância a exata definição do melhor momento da colheita.   A Chardonnay não é considerada uma uva aromática e os seus sabores neutros a tornam uma uva perfeita par

Dicas para facilitar a escolha do espumante

  Existe uma infinidade de espumantes no mercado, indicados para as mais diversas harmonizações e ocasiões. Hoje vou falar um pouco sobre os principais estilos de espumantes e explicar alguns termos encontrados no rótulo que nos dão várias dicas na hora da escolha.   O que diferencia o espumante do vinho tranquilo é a perlage , ou seja, as bolhas que se desprendem do fundo da taça até a superfície. Essas bolhas nada mais são do que gás carbônico dissolvido no vinho durante o processo de fermentação realizado em um recipiente hermeticamente fechado, impedindo que o gás formado escape. Existem vários métodos utilizados pelos vinicultores para se produzir os espumantes.   No Método Tradicional , também conhecido como Champenoise na região de Champagne, na França, o vinho passará por uma segunda fermentação na mesma garrafa em que será vendido. É a técnica mais cara e trabalhosa, visto que a fermentação ocorrerá em cada garrafa individualmente, mas produz vinhos com grande complexidad

Harmonizando queijos e vinhos

  Quando se fala em vinho, logo vem na nossa mente uma bela tábua de queijos para acompanhar. E não é para menos, visto a grande quantidade de semelhanças na produção dos dois. Assim como o vinho, o queijo surge por meio da fermentação e pode passar por uma guarda para maturação. As características de ambos são influenciadas pelo terroir da região, ou seja, a união de fatores como o clima, o solo e a interferência humana daquela área influenciarão diretamente no resultado final do produto. Por esse motivo, assim como os vinhos, os queijos possuem identificação de procedência regulamentada por lei. Mas a harmonização não é tão simples como se pensa. Existem uma infinidade de estilos de vinhos e de queijos, com características bem diversas. Para facilitar um pouco a vida dos meus amigos enófilos, vou dar algumas dicas para que você não erre na escolha dos queijos que irão acompanhar aquele vinho especial.   Continuando com as semelhanças, assim como os vinhos podem ser divididos em espu